quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Conto erótico 15 - O reencontro



Quando recebi o convite para a festa de 15 anos de formatura do colegial pensei logo em deletar, afinal, não haveria ninguém que eu gostaria muito de (re)ver. Alguns dos caras eu até mantinha contato, mas a maioria estaria lá só pela bebida gratuita e pela chance de azarar novamente aquela "mina" tão desejada da escola. Porém, eu não queria ir. Desde que voltei ao Rio de Janeiro não procurei por ninguém. Só minha família e alguns pouquíssimos amigos sabiam que eu tinha voltado e rever aquele povo todo não era uma ideia muito agradável.

As vésperas da festa um grupo foi montado no Facebook para confirmar a presença dos alunos. A cada nova notificação eu ficava menos empolgada, até que um nome me chamou a atenção e me fez recordar de momentos "inspiradores" dos tempos de escola. Thiago Martins confirmou presença no evento Reunião dos Formandos. É, valia a pena arriscar minha noite de sábado por isso...

Enfim o grande dia chegou. Sem muita animação mas com um pouquinho de esperanças me arrumei e fui. Cheguei uma hora depois do horário marcado no convite e já tinha muita gente no local. Tudo estava muito elegante, preciso confessar que não esperava por isso. Algumas meninas vieram falar comigo e pude notar claramente o olhar de inveja na cara delas. Muitas deixaram os corpos sarados de lado e apresentavam notórios quilos a mais, outras continuavam magras, mas sem muitos atrativos, com vestidos simples e quase todos eles pretos.


Eu, do contrário, estava no auge da minha "gostosura", com o corpo em dia dentro de um vestido vermelho cereja com decote em V nas costas até a altura da cintura. Outro decote, mas discreto no busto, mostrava parte da minha tatuagem nova. Estava de saltos bem altos, uma maquiagem mais leve do que a da maioria e mantive os cabelos soltos jogados de lado. Eu estava bem gostosa. Levei um bom tempo para falar com todas as pessoas, mas ainda não o tinha visto. E, de repente, lá estava.

Parecia uma cena de livro, ou de filme, ele estava encostado no bar uma mão dentro do bolso da calça e a outra segurando um copo de alguma bebida. Levei alguns minutos para constatar que ele não se parecia em nada com o menino franzino que fiquei anos atras. Ele era um homem agora. Um homem muito bonito e que me dava muito tesão. No meio do meu devaneio ele me viu. Sorriu timidamente e isso fez meu coração dar um pulo dentro do peito e um arrepio safado descer pela minha espinha. Sorri de volta imaginando quanto tempo eu levaria para tomar a iniciativa de falar com ele. Não precisou muito, pois assim que me dei conta ele já estava vindo na minha direção com duas taças na mão.

_ O tempo fez bem pra você. - Ele disse me dando um beijo no rosto.
_ Para nós! Você está... - delicioso, era o que eu queria dizer - Incrível! - Foi isso que saiu.

Ele riu e me entregou uma taça. Por opção eu havia parado de beber. Preferia estar sempre no controle das minha emoções e atitudes, mas era uma noite especial então aceitei o brinde, mas seria a única dose da noite. Thiago estava lindo de morrer, tinha se tornado o tipo de cara que fazia muito o meu tipo. O tipo: vamos ter uma noite de muito sexo e você não se arrependerá. Sempre quis transar com ele, infelizmente no passado não havia dado. O mais perto em que chegamos foi só na mão boba mesmo. Mas agora, ambos solteiros, não era possível que não rolasse.

Não falamos muito. Nada de "como você está?", "onde mora?" ou "já casou? Tem filhos". Não precisávamos disso. Talvez por isso ele tenha saído de perto quando um bando escandaloso chegou gritando perto da gente me bombardeando dessas perguntas e insinuando que estávamos muito comportados para a noite. E de fato a noite estava muito parada.

Depois do que pareceu uma eternidade falando sobre futilidades e vendo fotos de bebês e crianças nos celulares alheios, eu finalmente fiquei sozinha. Fui até o bar e me sentei com um club soda e minha vontade de ir embora. E então ele veio salvar minha noite.
_ Uma mulher bonita não merce ficar sozinha. Vem dançar.
E lá estávamos nós, no meio do salão dançando alguma balada romântica sem trocar nenhuma palavra. Thiago nunca foi muito de falar. Sempre preferiu contatos físicos as palavras. Quando namorávamos ele sempre me tocava, podia ser um simples andar de mãos dadas até ficar abraçados enquanto conversávamos com amigos. Mas sempre havia um contato de pele. Não seria diferente essa noite. Quando a música acabou ele colou o rosto no meu e sussurrou um "quer dar o fora daqui?" no meu ouvido que me levou à lua. Concordei com a cabeça e saímos sem pressa.

Assim que cruzamos a porta e ficamos sozinhos ele me encurralou contra a parede e me beijou. Nossa, que beijo. Uma mão segurava minha cintura com força enquanto a outra percorria meu pescoço e nuca. Com um movimento bem leve ele se posicionou entre minhas pernas pressionando seu sexo em mim. O cara já estava em ponto de bala! Desci minhas mãos até a calça dele para senti-lo e me assegurar de que ele tinha evoluído ali também. Aleluia, ele tinha! Inesperadamente como o beijo começou, ele acabou.  Thiago me arrastou para um SUV estacionado perto de nós e me colocou lá dentro.
_ Não esperei tanto tempo pra transarmos no estacionamento. Vamos fazer isso direito.
Não que eu me importasse, por mim ele podia me comer ali mesmo, dentro daquele carro ou encostada na parede. Eu não ligava. Só queria sentir aquele deus dentro de mim.

Fomos para um motel ali perto e eu mal conseguia me conter de tanto tesão naquele homem. Ele estacionou o carro, desceu e abriu minha porta. Me beijou novamente logo que me coloquei de pé, me pressionando na porta do carro. Dessa vez ele subiu o vestido pela minha perna e agarrou minha bunda com tudo se espantando ao perceber que eu não usava calcinha. Ora, com vestido daquele eu precisava usar mais alguma coisa?
Thiago foi intensificando o beijo a medida que minhas mãos iam abrindo sua camisa. Ainda estávamos na garagem do apartamento, e quanto mais ele passava a mão em mim, mais eu queria dar para ele.

Ele tirou meu vestido me deixando completamente nua e só de saltos. Podia ver o desejo brilhar nos olhos dele. Com uma cara bem safada dei uma voltinha pra ele apreciar melhor a vista. Quando virei de costa ele me agarrou pela cintura e colou o corpo no meu, pude sentir seu pau duro novamente. Como aquele simples ato me deixou louca. Senti ele aproximar a boca do meu pescoço, o calor de seu hálito me deixava arrepiada. Ele colocou minhas mãos em cima do teto do carro e disse para eu não me mexer enquanto ia deslizando as mãos pelo meu corpo e deixando beijos em lugares estratégicos. Todo o meu corpo tremia. Ele me beijou até chegar a minha bunda. Massageava e beijava, já estava completamente molhada de tesão.

 Então se ajoelhou no chão e se posicionou entre as minhas pernas. Cada beijo era mais perto da minha vagina e eu escorria de tesão. Uma das mãos ainda acariciava minha bunda enquanto a outra percorria todo o meu sexo. Era impossível ficar imóvel. Sua língua foi alcançando os lugares certos naqueles beijos e seus dedos deslizavam por minha buceta encharcada. Estava tão perto do orgasmo que seria impossível me controlar. Thiago deve ter percebido pois aumentou a velocidade com que penetrava seus dedos em mim. A língua dele acompanhava cada movimento com os dedos e vez ou outra mordia minha bunda com força não se preocupando em me deixar marcada. Quando ele enfiou os dedos mais fundos e os movimentou mais rápidos eu atingi o meu ápice. Minhas pernas cederam e quase não tive forças para me manter em pé.

Thiago continuou ajoelhado no chão me segurando pela cintura. Quando consegui, me virei de frente para ele e o encarei. Ele tinha um sorriso no rosto que eu não conseguia decifrar o que significava. Ele se levantou e me beijou como se nunca tivesse me beijado antes, ao mesmo tempo em que abria a calça e me penetrava com força! Mal havia me recuperado do primeiro orgasmo quando ele me penetrou e sentir aquele pau todo duro dentro de mim me fazia querer gozar mais ainda. Ele tinha movimentos rápidos e precisos, metia e chupava os meus seios ao mesmo tempo. Me agarei a ele e cruzei minhas pernas em sua cintura, desse jeito ele ia beeeem fundo e eu podia senti-lo inteiro dentro de mim.

Com a posição mais favorável, ele ia cada vez mais fundo. Em determinado momento ele foi diminuindo o ritmo e me olhou com um pedido silencioso de quem queria muito me penetrar por trás. Apenas o beijei e ele me levou até a frente do carro me colocando sobre o capô tendo melhor "controle da situação". Eu estava com o tesão nas alturas e não foi difícil recebê-lo. Primeiro ele entrou de vagar, sentindo todo o caminho e me deixando ensandecida de tesão. Aos poucos foi aumentando o ritmo e criando uma sequencia de estocadas maravilhosas. As mãos dele percorriam meus seios e pescoço. Já estava para gozar quando ele posicionou uma das mãos em volta do meu pescoço e conforme o orgasmo se aproximava, ele ia apertando.  Achei que fosse me machucar, mas não. Foi a melhor sensação que eu poderia ter experimentado. A mão dele teve o peso certo e soube quando parar. Foi o orgasmo mais louco que já tive. Todo o meu corpo tremia enquanto eu buscava por ar e chegava ao êxtase ao mesmo tempo. Não sei descrever, foi surreal. Ele ainda metia freneticamente no meu cu enquanto me estabilizava e sem avisar nada gozou dentro de mim. Um ruido leve e discreto com a mão apertando minha perna. Em seguida deixou o corpo desabar.
_Quinze... anos!... E eu... te comi...na garagem!!!! Desculpe. Mas,... obrigado.

Ah! Aquele agradecimento marcaria pra sempre minha vida. Não importava o local, as condições, a falta de camisinha. Esperei 15 anos por essa foda e ela valeu cada minuto! Depois de longo minutos sentados no carro, subimos até o quarto, tomamos um banho (juntos) e aproveitamos a noite. Só que com um sexo totalmente diferente e igualmente delicioso.



Texto: Laila Oliveira
Imagem: Internet

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Não façam como a Luiza, Sexo TEM QUE SER COM CAMISINHA!









6 comentários:

  1. Cada pedaço, cada letra desse relato, e como se eu estivesse vivendo. Obrigado por me conduzir a um pedaço desse seu mundo imaginário, ou nao.

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    1. Oii, Obrigada por se sentir tão dentro da história. Mundo imaginário ou não o importante é que você gostou. :)

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  2. espetacular e muito excitante.

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  3. Bem vinda de volta. Senti falta das suas histórias.
    E parece que não perdeu a mão. CL

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    1. Ah, que bom. Meu medo era justamente esse: perder a mão e deixar vocês tristes. :)

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