segunda-feira, 26 de março de 2018

Conto Erótico 16 - Jack, o entregador

 


   Já fazia tempo que as coisas andavam paradas na minha vida.
Sem emprego oficial, sem namorado, sem amigos e, principalmente, sem sexo. A única coisa que eu fazia para matar o tempo era um bico como experimentadora de produtos. Deve ter um nome para isso, mas eu não me importo. Basicamente eu recebia o produto pelo correio, experimentava e dava minha opinião nas redes sociais. Rendia alguns trocados no final do mês e só. Quanto mais propaganda eu fizesse, mas eu ganhava. Infelizmente eu não andava muito disposta para isso.

   Um dia o porteiro do meu prédio interfonou dizendo que tinha uma encomenda para mim na portaria e eu precisava assinar. Estava entrando no banho quando ele ligou. Com preguiça de descer, pedi para o entregador subir. Foi o tempo de vestir uma camiseta e calcinha que ele tocou a campainha. Abria a porta, mas não estava preparada para o que veria. O entregador era um homem lindo. Alto, forte, com um olhar penetrante. Tinha uma barba cerrada que logo imaginei roçando pelo meu corpo. Imediatamente senti minha calcinha molhar. Olhei descaradamente todo o entregador, que tinha um sorriso safado no rosto e que também me analisava, no crachá dele dizia: Jack. Quatro letrinhas para aquele homão todo.
_Luiza? Assina aqui, por favor.
   Mal me dei conta de que mordia o lábio até sentir a dor. Assinei o pacote e o observei ir embora. Jesus, de costa ele era ainda mais gostoso. Que bunda era aquela? Fechei a porta e encarei o pacote. Precisava solicitar mais coisas para a empresa se quisesse ver aquele deus de novo. Fui pro banho e me toquei imaginando tudo o que gostaria que Jack fizesse comigo.

   Demorou duas semana até que "o entregador" voltasse e quando ele veio eu estava preparada. Abri a porta vestindo o baby doll mais sexy que tinha. Fiz cara de paisagem, como se tivesse acabado de acordar ou algo assim. Jack me olhou com malícia. Pude ver as chamas de desejo brilharem nos olhos dele e, num movimento nada discreto, ele levou a mão até o meio das pernas e apertou o pênis. É, Jack, a gente ia se divertir...
_Posso entrar? É pesado pra você carregar sozinha.
   Dei espaço e ele entrou. Colocou o pacote sobre a mesa e me deu a prancheta para assinar. Enquanto fazia isso senti seus olhos observando todo meu corpo. Eu usava realmente provocante. Meu baby doll era preto, com um decote ousado em renda que deixava meus seios praticamente a mostra e um micro short onde se podia ver a polpa da minha bunda.
_ Você parece bem confortável. - Ele disse se apoiando na mesa e cruzando os braços.
_Estava indo  dormir. Acabei de chegar de uma festa. - Não que eu devesse dar satisfações a ele, mas precisava de uma desculpa.

   Ele desencostou da mesa e veio em minha direção.
   Endireitei a postura a fim de ficar no mesmo nível que ele (que era bem mais alto que eu) e deixei que chegasse perto. Pude sentir minhas pernas vacilarem quando ele colocou uma mão na minha cintura e a outra pousou na minha nuca agarrando meu cabelo. Jack me surpreendeu com um beijo profundo e intenso. Sua língua brincou dentro da minha boca enquanto suas mãos exploravam meu corpo. Ele tinha corpo atlético, senti seus músculos sob a camisa e pensei se ele praticava algum tipo de exercício, ou luta. Mal consegui completar meu raciocínio, pois o entregador estava invadindo meu pijama. Senti sua mão apertar meu seio e soltei um gemido tímido em sua boca. Ele pareceu perceber, pois apertou com mais força e pressionou o sexo dele contra minha barriga. Estava duro e pulsante. Abaixei minha mão para tocá-lo, mas ele me impediu separando nossos corpos. Minha respiração era ofegante, não queria que ele tivesse parado. Ele deu um passo novamente na minha direção e tocou meu nariz sorrindo.
_Vamos com calma, moça.

   Como alguém pede calma depois do que aconteceu? Eu daria qualquer coisa a ele naquele momento, menos a minha calma. Então, me surpreendendo, ele tirou um convite do bolso e me entregou.
_Eu toco numa banda nos finais de semana, gostaria que fosse me ver.
Peguei o papel ainda sem reação. Ele depositou um beijo casto nos meus lábios e saiu.
   Olhei o convite com mais atenção, o show seria na noite seguinte em um pub no centro da cidade. Pensei nas possibilidades que viriam pós show e me animei.

   Já fazia horas que estava na frente do meu armário pensando no que usaria. Acabei optando pelo primeiro vestido que tinha escolhido: Um tubinho preto tomara que caia que cobria apenas metade das minhas coxas. Calcei sapatos de salto e fiz uma maquiagem mais leve. Deixei os cabelos soltos, mas fiz cachos nas pontas para dar um ar mais arrumado. Não coloquei sutiã e escolhi uma calcinha de renda também preta. Quando me olhei no espelho gostei do que vi. Me pegaria facilmente...
   Enquanto esperava pelo táxi que me levaria até o pub dei uma stalkeada na pagina da banda no Facebook, procurando por mais informações sobre o entregador que também era musico. Não encontrei muita coisa. O táxi chegou e parti para a noite. Esperava que ela me desse boas lembranças.

   O local estava muito cheio e a banda já estava tocando. Era um rock dos anos 80 e era muito bom. Fui até o bar e pedi uma cerveja. Mas logo em seguida me arrependi. Eu não bebia há anos. Troquei por uma Coca cola e tentei chegar mais perto do palco. Jack usava uma calça preta e camiseta com o nome da banda. Tão sexy quanto se estivesse com o uniforme de entregas. Fiquei observando por um bom tempo, até que ele me notou no meio da multidão. Deu um sorriso de lado e acenou com a cabeça. Acenei de volta e depois disso ele não tirou mais os olhos de mim.
   O show foi ótimo, me diverti bastante e quando acabou, permaneci onde estava a fim de Jack vir até mim. O que não demorou muito. Ele se aproximou beijando meu rosto e eu pude sentir um perfume delicioso, perfume esse que me deixou super excitada. Conversamos por um tempo, mas eu só consegui imaginar ele me agarrando em algum lugar daquele bar.

   _Nunca conheci os bastidores de um show. Me mostra? - Minha voz estava carregada de tesão. Ele arqueou uma sobrancelha e me estendeu a mão. Saímos no meio da multidão até uma porta lateral discreta, por onde entravam somente pessoas autorizadas. No primeiro canto escuro ele me encurralou contra a parede e me beijo de forma urgente. Sua mãos foram direto para minha bunda me apertando com força. Agarrei seus cabelos o trazendo mais perto de mim, sentindo a junção de nossos corpos.
   _Você está muito gostosa, moça. Mais gostosa do que quando me recebe só de calcinha e camiseta ou de baby doll. - Sua voz era rouca e arrepiava todo meu corpo. Tomada por um impulso escorreguei minha mão por seu corpo e agarrei seu membro por cima da calça. Dessa vez ele não se afastou. Olhava dentro dos meus olhos como que me desafiando a algo mais.
   _Quais as chances de sermos interrompidos? - Perguntei ainda massageando seu membro.
Ele olhou para os lados procurando por um lugar mais tranquilo. Fomos para um outro canto mais afastado da porta, continuei entre ele e a parede, alternando entre beijos e caricias. Em determinado momento abri o zíper de sua calça e coloquei seu membro para fora, escorreguei pela parede até ficar na altura dele. Olhei para cima e vi Jack com olhos em chamas. Tinha tesão demais naquele homem. Sorri pedindo permissão e ele fechou os olhos quando coloquei seu pau em minha boca.

   Jack tinha um gosto forte de suor e sabonete, mas não me importei. Lambi toda a extensão de seu membro dando uma atenção especial a cabeça úmida que implorava para ser chupada. Fiz movimentos delicados de vai e vem usando somente a boca. Minhas mãos estavam apoiadas em seus bolsos para me dar equilíbrio. O entregador se apoiava na parede e tinha os olhos fixos em mim.      Aumentei a velocidade com que o chupava, indo o mais fundo que conseguia e passando minha língua por todo seu pau. Podia senti-lo pulsar dentro da minha boca. Jack soltou um suspiro alto anunciando o que viria em seguida. Desceu uma mão até meus cabelos fixando minha cabeça em uma posição e começou a penetrar minha boca com seu ritmo próprio. Mesmo indo rápido, eu não me assustei ou engasguei. Chupar um pau era uma das minha atividades favoritas. Já estava preparada aguardando que ele gozasse na minha boca. E quando o fez engoli tudo sem deixar escapar uma gota sequer. Ele dava pequenos espasmos enquanto o lambia limpando seu pau.

   Depois disso ele me levantou e me tomou nos braços num beijo cheio de desejo e tesão. São poucos os homens que beijam dessa forma depois de gozar na boca da mulher. Alguns nem beijam. Mas Jack beijava, e muito, passando sua língua por todos os lados. Só conseguia imaginar como seria ter essa língua explorando meu sexo. Acho que pensei em voz alta pois ele riu, uma gargalhada deliciosa, e levou a boca até meu ouvido:
   _Vamos dar o fora daqui. Você precisa de uma recompensa, moça. trabalhou muito bem hoje. Espero retribuir a altura.

   Saímos do bar e fomos para minha casa, um trajeto que Jack passou a fazer todos os finais de semana em que tocava no Pub. E realmente, ele retribuiu a altura.

Texto: Laila Oliviera
Imagens da internet





4 comentários:

  1. Ficção ou não eu queria ser um dos seus personagens. Adoraria ver nossa noite relatada aqui. CL

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    1. opa, temos uma noite?
      Desculpe, mas sou ruim de nome, imagina de iniciais. Mas obrigada por querer fazer parte das histórias. :)

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  2. Luiza é tão quente, que consigo imagina-la passando uma tarde em frente ao mar, e ao retornar em pleno trânsito, ela tendo um magnífico orgasmo no banco do carona com uma singela ajuda do motorista...

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    1. Acredita que eu também consigo imaginar isso. É bem a cara da nossa menina. Essa sabe aproveitar as coisas boas da vida ;)

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